Estação


De tudo que passou, setembro chegou, nada mudou
Só flores que surgiram com cores retráteis, que se vão com o frio e voltam com amor
Faz-me teu galho seco de inverno, torna-me teu ninho de Tordoveia, tua virgem relva
Na primavera, faz-me teu recanto de Angélica, Astroméia ou Gérbera
No verão, faz-me teu acalento, teu encanto, proteção

De tudo que passou, pouco me restou, o que ficou foi folhas secas
Num chão molhado, nostálgico sinto-me pairar em tristezas
Tudo me remete a lembranças, esperanças e incertezas
Incapaz de viver, me despi, me puni e ao gelo do inverno me uni
O sangue vermelho, branco se tornou e memórias mornas de verão, tão breve se dissipou.






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